quinta-feira, 21 de junho de 2007

Impiedosa Obrigatoriedade


Não quero, sinto, não consigo compreender. É inevitável esta dor que me invade incessantemente, esta dor que se apodera da distância como trunfo. Se o sonho comanda a vida, porque a obrigação da vida ser comandada por factores reais? Ainda só é o inicio de uma longa jornada. O único refúgio que tenho é a minha alma, única realidade que me eleva num ponto longínquo, mas bem perto da distância.
Minutos que parecem horas...cada hora parece um dia. Um mês...

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Momentaneamente Encontrado Perdido


Num breve momento de inquietação, que constantemente insere na vida uma brisa de recordações e sonhos de futuro, penso que não é possível alcançar aquela extrema felicidade que nos faz ir até ao limite do sentir.

Quando começo a reflectir em tudo o que me acontece no dia a dia, paro e concluo: nos dias de maior sorriso as lágrimas revelam-se um refúgio; nos dias fatigantes a serenidade é o consolo que invade a alma de forma gradativa e singela. Não tomando por principio este, já por si, sistema, a esperança insinuosa e que atormenta pela sua persuasão em existir não me deixa desistir da inevitavél caminhada ritmada pelo tic-tac do gerente temporal - o relógio. Que se tornou o regente soberbo da vida. A perdição do tempo no tempo. O horário impera: despertar, entrar ao serviço, refeição, e quando se fala em lazer? Horário rígido para qualquer actividade: cinema, ginásio, praia («entre as 12h e as 16h não se exponha ao sol»).
Perco-me na imensidão do conhecido. Encontro-me perdida no tempo, onde, perdida na emoção do momento, sinto a singela sensação de me encontrar viva, não em mim...pois no momento em que me encontro, não estou em mim.