terça-feira, 14 de abril de 2009

Passos...

Um caminho, uma estrada de sonho vazio
Cego de esperança, mas firme na aliança
Em que duas mãos se tocam
Em busca de mais imperecível verdade:
O amor, fiel destino da amizade.

Um corpo, caído, de sentimento fechado
Apenas de mágoa e pranto recordado
Entregue ao desalento, ou ao demasiado…
Quando o tudo é nada
E volta a ser tudo, e nada, de novo…

Uma dúvida que oculta o desejo incessante
Do querer, do poder, do estar, constante
A certeza, a preto e branco pintada
Deste renascer a uma só voz cantada.
Uma dúvida que era tudo, e agora nada…

Trilhos traçados, cumpridos, cansados
Outrora vividos, agora simplesmente recordados
Traços paralelos num vulgo horizonte
Que hoje se cruzam, cúmplices de si,
Entregues a nós, a mim, e a ti…

Pegadas dispersas de um mesmo caminho
Lado com lado com a loucura, a paixão, o carinho
Não és mais o vulto que deambula sozinho
De olhos fechados, num sonho de fantasia profundo
Sou eu, a querer pertencer ao teu Mundo.




Pedro Carvalho
30 de Março de 2009
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Porque faz todo o sentido...
Uma pequena homenagem a um anjo que apareceu na minha vida e a transformou, do nada ao tudo...a ti, Obrigada!

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Uma dúvida que nos arrasta...


Um momento único
Mas que nos persegue incessantemente
Uma dúvida que nos arrasta,
Que nos leva até ao último suspiro inesperadamente.
Um sorriso, duas lágrimas, um suspiro, dois seres...
Uma história que me limito a escrever para tu leres.

O certo ou o errado
O não saber como agir
Uma dúvida que nos arrasta,
Ter a certeza de querer lutar e a certeza de desistir.
Saber que ambos buscamos o amor...
Mas que existe o assombro da dor.

O querer renascer
Mas não ter para tal
Uma dúvida que nos arrasta,
Ter á escolha inúmeros caminhos para seguir, mas não saber qual.
Ser feliz é essencial...
És e serás sempre especial.

domingo, 16 de novembro de 2008

Nada...(ou demasiado)


Passa o Dia, passa a Noite, passa tudo muito devagar,
Não consigo, não sei como, torna-se complicado explicar!
Finjo, sorriu, sofro, morro, vivo, sem falar!
Tento, esforço-me, reajo sem pensar...
Grito, corro, fujo, sem movimento, sem ruído, tudo a desabar...

O que se passa? O que está acontecer?
Não quero desabafar, dizer, chorar, só desaparecer...
Porquê? Para quê? Qual a diferença de sorrir ou sofrer??
Agora, hoje, para mim, nenhuma! Eu? Aqui? A fazer?
Nada! Simplesmente. Nada.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Procura-me entre os sonhos...


Perguntei a um sábio a diferença que havia
entre amor e amizade,
ele disse-me esta verdade:

O Amor é mais sensível,
a Amizade é mais segura.
O Amor dá-nos asas,
a Amizade o chão.
No Amor há mais carinho,
na Amizade, compreensão.

O Amor é plantado
e com carinho cultivado,
a Amizade vem sorrateira,
e com troca de alegria e tristeza,
torna-se uma grande e querida companheira.

Mas quando o Amor é sincero
ele vem com um grande amigo,
e quando a Amizade é concreta,

ela é cheia de amor e carinho.

Quando se tem um amigo
ou uma grande paixão,
ambos sentimentos coexistem
dentro de um único coração.





segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Prémio Dardos


Recebi da Cristina "um chocolate" na forma de Prémio Dardos, o que agradeço.

Informações sobre o Prémio Dardos:Com o Prêmio Dardos reconhecem-se os valores que cada blogueiro emprega ao transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc. que, em suma, demonstram a sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras e palavras.
Esses selos foram criados com a intenção de promover a confraternização entre os blogueiros, uma forma de demonstrar carinho e reconhecimento por um trabalho que agregue valor à Web.
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Quem recebe o “Prêmio Dardos” e o aceita deve seguir algumas regras:
1. - Exibir a distinta imagem;
2. - Linkar o blog pelo qual recebeu o prêmio;
3. - Escolher quinze (15) outros blogs a que entregar o Prêmio Dardos.”
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Passo o Prémio Dardos aos seguintes Blogs:

sábado, 4 de outubro de 2008

Amor...

Amor é aquele acontecimento natural
Aquela hora, aquele momento, aquele olhar..
É a vida retratada na diagonal,
É a felicidade, o sonho, a dor e o abandonar..
Se muita alegria, paz e compreensão possui
Também mágoa tem e desilusão.
Mas, não tomando o que sou ou já fui,
O amor é a vida do coração.
É o sonho que acontece,
Mas também o dia que anoitece...


Palavras intemporais, escritas pelo coração...

domingo, 28 de setembro de 2008

Força Secreta

A força da nossa amizade vence todas as diferenças...
Aliás... para que diferenças se somos amigos?
Quando erramos... nos perdoamos e esquecemos
Se temos defeitos... não nos importamos...
Trocamos segredos...
e respeitamos as divergências...
Nas horas incertas, sempre chegamos no momento certo...
Nos amparamos...nos defendemos...
sem pedir...
fazemos porque nos sentimos felizes em fazer...
Nos reverenciamos... adoramos... idolatramos... apreciamos... admiramos.
Nos mostramos amigos de verdade,
quando dizemos o que temos a dizer...
Nos aceitamos , sem querer mudanças...
Estamos sempre presente,
não só nos momentos de alegria,
compartilhando prazeres,
mas principalmente nos momentos mais difíceis...


Estarei incondicionalmente do teu lado...

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Aos enfermeiros!

Homenagem á minha incrivel mãe...


Tantos caminhos a seguir!
Tantas direcções a tomar!
Tantas escolhas!!!

Mas,

Despojaste de toda a vaidade
Vestiste de todo o altruísmo!
E fizeste
De tuas mãos
Bálsamo para
A dor e o sofrimento!

De tua voz
Alento para os corações
Lânguidos e desacreditados!

De teus olhos
Conforto áqueles que se encontram
Na solidão de um leito!

Abraçaste o compromisso
Com a paciência
E a compaixão!

Assumiste
Como o único de seus ministérios
Cuidar com dignidade e respeito
Do bem mais precioso:

A vida humana!

Tens
Um nobre e solidário
Caminho a seguir!
E uma bela
E abençoada

Missão a cumprir!

Sou...



Sou intensa.

Intensa...

...quando sofro,
...quando odeio,
...quando amo,
...quando sonho.

Sou intensa.
Sem meio termo. Sem metade. Sem 50%.

Quero o todo.

Quero completo.
Inteiro.

Quero a alegria suprema.
O amor desmedido.

Quero o choro sem tempo para acabar.

Intensa.

Quero todos os risos do mundo.
Quero a música no tom mais alto.
Quero os projectos sem limite.
Quero todos os sonhos!

Intensamente.

Quero a felicidade no sentido completo.
E total.


F E L I C I D A D E.

Perfeitamente imperfeito!


Eu moro numa casa,
Moro num lugar,
Onde tudo era perfeito
E não sabia o que era errar.
As paredes intocáveis,
Com memórias em todo o lado,
Mostravam a beleza
De um Mundo desejado.


O meu quarto tinha...
Tinha tudo o que eu queria:
Uns incriveis sentimentos,
Que existiam!, e eu nem sabia!
Pelo espaço me levavam!!
E me faziam acreditar,
Que nada tinha defeito
E ninguém sabia errar.


O telhado transparente
Simulava um belo céu,
Onde era sempre claro
Como uma folha de papel.
Nesta casa enigmática
Não se via escuridão,
Um casulo a protegia
Pra manter sua perfeição.


Do chão foi concebido
Um caminho só de ouro,
Que me levava apenas
Por lugares de tesouro.
Numa sala se encontrava
Pedaços de abstração:
Beleza, inteligência;
Tudo bom na ilusão.


Num belo dia de insônia,
A casa saí a explorar.
Desviei da rota amarela,
Pra curiosidade saciar.
no porão uma porta escura
Escondia luzes de dúvida,
Não hesitei nenhum segundo
Em descpbrir um novo mundo.


Então surpresa eu fiquei,
Quando no quarto entrei.
Uma luz branca me cegava,
Luz que vinha de uma caixa.
Ao chegar perto decifrei
Que ela era uma prisão.
Ao tentar abri-la me encontrei:
Presa a ela: a perfeição!


No momento não entendi
O que aquilo denotava;
Foi aí que eu senti,
Outra caixa me chamava!
esta agora, madeira velha,
Também era uma priisão.
Desconhecia o que tinha nela,
Algo chamado imperfeição.


Sem saber o que fazer,
Soltei então quem conhecia.
esta logo me agradeceu
E perguntei o que ali fazia.
Estava aqui para salvar
Um lugar chei de erros.
suas vidas vim melhorar,
E evitar outros defeitos.


Mas uma coisa aprendi
É que ninguém é perfeito.
Pensando assim eu sofri
E fiquei presa desse ''jeito''.
Pois no mundo há severos,
E não perdoam um engano.
Então me quiseram po perto
Para não estragar este plano.


Uma ideia foi brotada,
O primor ainda amava,
Mas como aprender a errar
Ao desta casa me livrar.
No quarto um velho machado,
Deu-me forças para arriscar,
Destruí a caixa onde estava
A outra voz a me chamar.


Foi então que conheci:
Condutas estranhas;
As pessoas erravam
E ainda eram humanas!!
Percebi que com os erros,
Aprendiam cada vez mais,
Tornavam-se melhores
E fortes como canibais!


Então porque viver num mundo,
Ser perfeito e viver de aparência,
Sem poder ser uma vez em vagabundo
E aprender com a sua indecência?
Do domínio da casa me livrei,
Fui em busca de um novo lugar,
Onde busco o que é correcto
E, principalmente, onde possa errar!

domingo, 31 de agosto de 2008

Triste...

Que tenho eu no presente
Que tão negro existe?
Queria estar contente...
Mas estou apenas triste...
Saudades! Tão violento...
Muito para a idade!
De mais: tenho sofrimento!
De menos: só felicidade!
Uma familia destruída
Pela morte e dispersão...
O viver sem uma vida,
Traz-me dor ao coração!...
Onde deposito esperanças,
Mas é em vão...
E nem todas as lembranças,
Me conseguem dar animação...


domingo, 24 de agosto de 2008

Regresso...

Num sossego momentâneo em que o pensamento transforma a vida num mar de dúvidas, penso e dúvido. Dúvido de tudo, dúvido de todos. Quem nunca pensou assim? A vida: aquele encanto mistério que deslumbra. A morte: aquele mistério que aterroriza.
Ouvindo um canto de um pássaro, uma belissima tarde, com o céu limpido e o sol a espreitar por entre as folhas soltas das árvores, um cenário magnifico, uma paz espiritual indescritivél, algo mistificado e surpreendentemente único. Um daqueles momentos em que o nosso pensamento se eleva, para além de nós, para além de tudo, e em que reconhecemos, que apesar da força interior que cada um possuí dentro de si, e qu por muitas vezes nem o sabe, é algo insignificante comparado com tudo o que nos rodeia.
Fechando os olhos, inspirando-me no que me rodeia, lembro os sorrisos e as lágrimas e todas as fantasias. Todos aqueles desejos que qualquer pessoa adoraria concretizar, que qualquer criança idealiza vir a ter.
É nestes momentos, nos quais deixo fugir o meu pensamento, que me desfaço em recordações e em que inspiro o desejo de mudar o futuro... Que de uma forma ou de outra, vejo como algo presente.
Porque o futuro é o próximo minuto...e esse minuto é o agora.

(Prometo passar do papel para aqui cada texto, cada pensamento, cada poema...obrigado pela insitência e por acreditarem em mim.)

quinta-feira, 5 de julho de 2007


Uff...que dia! Nem há comentários sobre o dia de hoje! Ando cansada...o dia a dia com a distância está a afectar-me e a apoderar-se daquilo que melhor sou.
Daquilo que melhor tenho: o sonho de realidade que vivo.
Só tenho uma coisa a dizer: a distância fortalece aquilo que fragiliza.

Tristeza soberba


Cada sorriso, uma lágrima.

Cada beijo, um pranto.

Cada toque, uma dor.
Não há rosa sem espinhos.
Dói amor.

Esta sensação que não me larga. A credibilidade que não surge, que teme em se revelar em mim. Sei que sim, sinto que não. Porque? A solidão invade-me de uma forma descontrolada e sem rumo.

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Impiedosa Obrigatoriedade


Não quero, sinto, não consigo compreender. É inevitável esta dor que me invade incessantemente, esta dor que se apodera da distância como trunfo. Se o sonho comanda a vida, porque a obrigação da vida ser comandada por factores reais? Ainda só é o inicio de uma longa jornada. O único refúgio que tenho é a minha alma, única realidade que me eleva num ponto longínquo, mas bem perto da distância.
Minutos que parecem horas...cada hora parece um dia. Um mês...

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Momentaneamente Encontrado Perdido


Num breve momento de inquietação, que constantemente insere na vida uma brisa de recordações e sonhos de futuro, penso que não é possível alcançar aquela extrema felicidade que nos faz ir até ao limite do sentir.

Quando começo a reflectir em tudo o que me acontece no dia a dia, paro e concluo: nos dias de maior sorriso as lágrimas revelam-se um refúgio; nos dias fatigantes a serenidade é o consolo que invade a alma de forma gradativa e singela. Não tomando por principio este, já por si, sistema, a esperança insinuosa e que atormenta pela sua persuasão em existir não me deixa desistir da inevitavél caminhada ritmada pelo tic-tac do gerente temporal - o relógio. Que se tornou o regente soberbo da vida. A perdição do tempo no tempo. O horário impera: despertar, entrar ao serviço, refeição, e quando se fala em lazer? Horário rígido para qualquer actividade: cinema, ginásio, praia («entre as 12h e as 16h não se exponha ao sol»).
Perco-me na imensidão do conhecido. Encontro-me perdida no tempo, onde, perdida na emoção do momento, sinto a singela sensação de me encontrar viva, não em mim...pois no momento em que me encontro, não estou em mim.