
Num breve momento de inquietação, que constantemente insere na vida uma brisa de recordações e sonhos de futuro, penso que não é possível alcançar aquela extrema felicidade que nos faz ir até ao limite do sentir.
Quando começo a reflectir em tudo o que me acontece no dia a dia, paro e concluo: nos dias de maior sorriso as lágrimas revelam-se um refúgio; nos dias fatigantes a serenidade é o consolo que invade a alma de forma gradativa e singela. Não tomando por principio este, já por si, sistema, a esperança insinuosa e que atormenta pela sua persuasão em existir não me deixa desistir da inevitavél caminhada ritmada pelo tic-tac do gerente temporal - o relógio. Que se tornou o regente soberbo da vida. A perdição do tempo no tempo. O horário impera: despertar, entrar ao serviço, refeição, e quando se fala em lazer? Horário rígido para qualquer actividade: cinema, ginásio, praia («entre as 12h e as 16h não se exponha ao sol»).
Perco-me na imensidão do conhecido. Encontro-me perdida no tempo, onde, perdida na emoção do momento, sinto a singela sensação de me encontrar viva, não em mim...pois no momento em que me encontro, não estou em mim.
Sem comentários:
Enviar um comentário